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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Documento de Aparecida





Resumo do Documento Final da V Conferência de Aparecida



Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe
Aparecida – Brasil

Aparecida, 30/5/2007

1. Os bispos, reunidos na V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, querem impulsionar, com o acontecimento celebrado junto a Nossa Senhora Aparecida no espírito de um novo Pentecostes e com o documento final que resume as conclusões de seu diálogo, uma renovação da ação da Igreja. Todos os seus membros estão chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, para que nossos povos tenham vida Nele. No caminho aberto pelo Concilio Vaticano II e em continuidade criativa com as Conferências anteriores do Rio de Janeiro, 1955; Medellín, 1968; Puebla, 1979 e Santo Domingo, 1992, refletiram sobre o tema Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos Nele tenham vida. Eu sou o Caminho a verdade e a Vida (Jo 14,6), e procuraram traçar em comunhão linhas comuns para prosseguir a nova evangelização em nível regional. 


2. Eles expressam junto com o Papa Bento XVI que o patrimônio mais valioso da cultura de nossos povos é ‘a fé em Deus amor’. Reconhecem com humildade as luzes e as sombras que há na vida cristã e na ação eclesial. Querem iniciar uma nova etapa pastoral nas atuais circunstâncias históricas, marcada por um forte ardor apostólico e um maior compromisso missionário para propor o evangelho de Cristo como caminho à verdadeira vida que Deus oferece aos homens. Em diálogo com todos os cristãos e a serviço de todos os homens, assumem ‘a grande tarefa de custodiar e alimentar a fé do Povo de Deus, e recordar também aos fiéis deste continente que em virtude do seu batismo estão chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo’ (Bento XVI, discurso inaugural,3). Eles se propuseram a renovar as comunidades eclesiais e as estruturas pastorais para encontrar as mediações da transmissão da fé em Cristo como fonte de uma vida plena e digna para todos, para que a fé, a esperança e o amor renovem a existência das pessoas e transformem as culturas dos povos.


3. Neste contexto e com esse espírito, oferecem suas conclusões abertas no Documento Final. O texto tem três grandes partes que seguem o método de reflexão teológico-pastoral ‘ver, julgar, agir’. Assim, olha-se a realidade com os olhos iluminados pela fé e um coração cheio de amor, proclama com alegria o Evangelho de Jesus Cristo para iluminar a meta e o caminho da vida humana, e busca, mediante um discernimento comunitário aberto ao sopro do Espírito Santo, linhas comuns de uma ação realmente missionária, que ponha todo o Povo de Deus num estado permanente de missão. Esse esquema tripartite está alinhavado por um fio condutor em torno à vida, em especial a vida em Cristo, e está tecido transversalmente pelas palavras de Jesus, o Bom Pastor: ‘Eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).


4. A primeira parte se intitula A vida de nossos povos. Ai se considera, brevemente, o sujeito que olha a realidade e que bem diz a Deus por todos os dons recebidos, em especial, pela graça, a fé que o fez seguidor de Jesus e pela alegria de participar da missão eclesial. Esse primeiro capítulo, que tem o tom de um hino de louvor e ação de graças, denomina-se Os discípulos missionários. Imediatamente segue o capítulo segundo, o maior desta parte, intitulado Olhar dos discípulos missionários sobre a realidade. Como um olhar teologal e pastoral, considera, com acuidade, as grandes mudanças que estão sucedendo em nosso continente e no mundo, e que interpelam a evangelização. Analisam-se vários processos históricos complexos e em curso nos níveis sócio-cultural, econômico, sócio-político, étnico e ecológico, e se discernem grandes desafios como a globalização, a injustiça estrutural, a crise na transmissão da fé e outros. Aí se postulam muitas realidades que afetam a vida cotidiana de nossos povos. Nesse contexto, considera a difícil situação de nossa Igreja nesta hora de desafios, fazendo um balanço de sinais positivos e negativos.


5. A segunda parte, a partir do olhar sobre o hoje da América Latina e o Caribe, entra no núcleo do tema. Seu título é A vida de Jesus Cristo nos discípulos missionários. Indica a beleza da fé em Jesus Cristo como fonte de vida para os homens e as mulheres que se unem a Ele e percorrem o caminho do discipulado missionário. Aqui, tomando como eixo a vida que Cristo nos trouxe, são tratadas, em quatro capítulos sucessivos, grandes dimensões inter-relacionadas que concernem aos cristãos como discípulos missionários de Jesus Cristo. A alegria de ser chamado para anunciar o evangelho com todas as suas repercussões como ‘Boa notícia’ na pessoa e na sociedade (cap 3); a vocação à santidade que recebemos os que seguimos a Jesus ao ser configurados com Ele e animados pelo Espírito Santo (cap 4); a comunhão de todo o Povo de Deus e de todos no Povo de Deus, contemplando a partir da perspectiva de discípula e missionária os distintos membros da Igreja com suas vocações específicas, e o diálogo ecumênico, o vínculo com o judaísmo e o diálogo inter-religioso (cap 5); finalmente, se aborda um itinerário para os discípulos missionários que considera a riqueza espiritual da piedade popular católica, uma espiritualidade trinitária, cristocêntrica e Mariana de estilo comunitário e missionário, e variados processos formativos, com seus critérios e seus lugares segundo os diversos fieis cristãos, prestando especial atenção à iniciação crista, à catequese permanente e à formação pastoral (cap 6). Aqui se encontra uma das novidades do documento que busca revitalizar a vida dos batizados para que permaneçam e caminhem no seguimento de Jesus.


6. A terceira parte entra plenamente na missão atual da Igreja Latino-americana e Caribenha. Conforme o tema, está formulada com o título A vida de Jesus Cristo para nossos povos. Sem perder o discernimento da realidade nem os fundamentos teológicos, aqui se consideram as principais ações pastorais com um dinamismo missionário. Num núcleo decisivo do documento, se apresenta a missão dos discípulos missionários a serviço da vida plena, considerando a vida nova que Cristo nos comunica no discipulado e nos chama a comunicar na missão, porque o discipulado e a missão são como as duas faces de uma mesma moeda. Aqui se desenvolve uma grande opção da Conferência: converter a Igreja em uma comunidade mais missionária. Com este fim, se fomenta a conversão pastoral e a renovação missionária das Igrejas Particulares, das comunidades eclesiais e dos organismos pastorais. Aqui se impulsiona uma missão continental que teria por agentes as dioceses e os episcopados (cap. 7). Na seqüência, se analisam alguns âmbitos e algumas prioridades que se quer impulsionar na missão dos discípulos entre nossos povos na aurora do terceiro milênio. Em O Reino de Deus e a promoção da dignidade humana se confirma a opção preferencial pelos pobres e excluídos que se remete a Medellin, a partir do fato de que, em Cristo, Deus se fez pobre para enriquecer-nos com sua pobreza, se reconhecem novos rostos dos pobres (por exemplo, os desempregados, migrantes, abandonados, enfermos e outros) e se promove a justiça e a solidariedade internacional (cap 8). Sob o título Família, pessoas e vida, a partir do anúncio da Boa Nova da dignidade infinita de todo ser humano, criado à imagem de Deus e recriado como filho de Deus, se promove uma cultura do amor no matrimônio e na família, e uma cultura do respeito à vida na sociedade; ao mesmo tempo, deseja-se acompanhar pastoralmente as pessoas em suas diferentes condições de criança, jovens e idosos, de mulheres e homens, e se fomenta o cuidado do meio ambiente como casa comum (cap 9). No último capítulo, intitulado Nossos povos e a cultura, continuando e atualizando as opções de Puebla e de Santo Domingo pela evangelização da cultura e a evangelização inculturada, tratam-se os desafios pastorais da educação e a comunicação, os novos areópagos e os centros de decisão, a pastoral das grandes cidades, a presença dos cristãos na vida publica, especialmente o compromisso político dos leigos por uma cidadania plena na sociedade democrática, a solidariedade com os povos indígenas e afrodescendentes, e uma ação evangelizadora que aponte caminhos de reconciliação, fraternidade e integração entre nossos povos, para formar uma comunidade regional de nações na América Latina e no Caribe (cap 10).


7. Com um tom evangélico e pastoral, uma linguagem direta e propositiva, um espírito interpelante e alentador, um entusiasmo missionário e esperançado, uma busca criativa e realista, o Documento quer renovar em todos os membros da Igreja, convocados a ser discípulos missionários de Cristo, ‘a doce e confortadora alegria de evangelizar’ (EN 80). Remando os barcos e lançando as redes mar a dentro, deseja comunicar o amor do Pai que está no céu e a alegria de ser cristãos a todos os batizados e batizadas, para que proclamem com audácia Jesus Cristo a serviço de uma vida em plenitude para nossos povos. Com as palavras dos discípulos de Emaús e com a oração do Papa em seu discurso inaugural, o Documento conclui com uma prece dirigida a Jesus Cristo: ‘Fica conosco porque é tarde e o dia declina’ (Lc 24,29).


8. Com todos os membros do Povo de Deus que peregrina pela América Latina e Caribe, os discípulos missionários encontram a ternura do amor de Deus refletida no rosto da Virgem Maria. Nossa Mãe querida, a partir do Santuário de Guadalupe, faz sentir a seus filhos pequeninos, que estão sob seu manto, e a partir daqui, em Aparecida, nos convida a deixar as redes para aproximar a todos de seu Filho, Jesus, porque Ele é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’(Jo 14,6), só Ele tem ‘palavras de vida eterna’ (Jo 6,68), e Ele veio para que todos ‘tenham vida e a tenham em abundância’ (Jo 10,10). 



Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Encíclica Caritas in Veritate - Papa Bento XVI

Caritas in Veritate (em latim: caridade em verdade) é o título da terceira encíclica do Papa Bento XVI. Datado de 29 de Junho de 2009, foi finalmente publicado no dia 7 de Julho de 2009. Até à data, Bento XVI promulgou duas encíclicas, Deus Caritas Est ("Deus é Amor") e Spe Salvi ("salvo pela Esperança").

Caritas in Veritate é a primeira encíclica de Bento XVI versando sobre vários temas socio-econômicos, numa altura em que o mundo, cada vez mais globalizado, foi devastado por uma profunda crise econômica e financeira

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Verbum Domini - Resenha

RESENHA

Exortação Apostólica Pós-Sinodal 
VERBUM DOMINI

Sobre a Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja
Papa Bento XVI
Por Daniel Neri Brandão

Entre os dias 5 e 26 de outubro de 2008, aconteceu no Vaticano a XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema: “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, tendo como prioridade “reabrir ao home atual o acesso a Deus, a Deus que fala e nos comunica o seu amor para que tenhamos vida em abundância”. (Verbum Domini §2) O objetivo central da Assembleia voltou-se a “redescoberta na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial”. (Ibid. §1)
O guia de toda a reflexão parte do prólogo do Evangelho de São João (Jo 1, 1-8), que nos dá a conhecer o fundamento da nossa vida: o Verbo, que desde o princípio está junto de Deus, fez-Se carne e veio habitar entre nós.
Diz o papa a respeito do Sínodo, no sentido de influir de maneira eficaz na vida da Igreja o aprofundamento no estudo da Palavra, uma vez que nosso fundamento de nossa fé é o próprio Verbo: “Sobre a relação pessoal com as Sagradas Escrituras, sobre a sua interpretação na liturgia e na catequese bem como na investigação científica, para que a Bíblia não permaneça uma Palavra do passado, mas uma Palavra viva e atual”.


I Parte: Verbum Dei

“No princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus [...] e o Verbo fez-Se carne” (Jo 1, 1.14)

            A novidade da revelação bíblica consiste no fato de Deus se dar a conhecer no diálogo, que deseja ter conosco. Deus dá-Se-nos a conhecer como mistério de amor infinito, no qual, desde toda a eternidade, o Pai exprime a sua Palavra no Espírito Santo. Por isso o Verbo, que desde o princípio está junto de Deus e é Deus, revela-nos o próprio Deus no diálogo de amor entre as Pessoas divinas e convida-nos a participar nele.
            Em uso analógico da linguagem humana na referência à Palavra de Deus, ela diz respeito à comunicação que Deus faz de si mesmo, mas também a Jesus Cristo, Filho unigênito, Verbo eterno do Pai. A própria criação, a história da salvação, a Palavra anunciada pelos apóstolos em obediência ao mandato de Jesus, tudo isso é Palavra de Deus. A Palavra é transmitida na tradição viva da Igreja. Enfim, é Palavra de Deus, atestada e divinamente inspirada a Sagrada Escritura.
            “A fé cristã não é uma religião do livro: o Cristianismo é a religião da Palavra de Deus, não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo”. (Ibid. §7)
            “Por conseguinte a Sagrada Escritura deve ser proclamada, escutada, lida, acolhida e vivida como Palavra de Deus, no sulco da Tradição Apostólica de que é inseparável”. (Ibid. §7) “É a Tradição viva da Igreja que nos faz compreender adequadamente a Sagrada Escritura como Palavra de Deus”. (Ibid. §17)
            Um conceito chave para receber o texto sagrado como Palavra de Deus em palavras humanas é, sem dúvida, o de inspiração. “A Sagrada Escritura é Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito de Deus Deste modo se reconhece toda a importância do autor humano que escreve os textos inspirados, e, ao mesmo tempo, do próprio Deus como verdadeiro autor”. (Ibid. §19)
“É decisivo, do ponto de vista pastoral, apresentar a Palavra de Deus na sua capacidade de dialogar com os problemas que o homem deve enfrentar na vida diária”... “A pastoral da Igreja deve ilustrar claramente como Deus ouve a necessidade do homem e o seu apelo”. (Ibid. §23)
            “... A palavra que o homem dirige a Deus torna-se também Palavra de Deus, como confirmação do caráter dialógico de toda a revelação cristã. E a existência inteira do homem torna-se um diálogo com Deus que fala e escuta, que chama e dinamiza a nossa vida”. (Ibid. §24)
Deus nos inspira por meio de seu Espírito, e a Sagrada Escritura contém a Palavra de Deus que nos direciona a vivermos uma vida segundo a vontade do Pai. A Escritura não vai contra os anseios do homem, mas o ilumina, o purifica em suas realizações, levando-nos assim a compreender que a fé está intimamente ligada a Palavra.
O pecado que habita o coração humano é revelado pela Palavra de Deus, que nos torna conscientes que o pecado consiste em “não-escutar”, em desobedecer a Deus. Em Cristo que é a própria Palavra, encontramos misericórdia e redenção para o nosso pecado, através da escuta de Sua Palavra. Maria é o símbolo de abertura a Deus, nela a Palavra tomou forma, encarnou-se.
“As palavras divinas crescem juntamente com quem as lê. Assim, a escuta de Deus introduz e incrementa a comunhão eclesial com todos os que caminham na fé” (Ibid. §30). “No estudo da Sagrada Escritura, somente quando se observa os dois níveis metodológicos, histórico-crítico e teológico, é que se pode falar de uma exegese teológica, de uma exegese adequada a este livro”. (Ibid. §34)
São Paulo descobre que “o Espírito libertador tem um nome e que a liberdade tem, consequentemente, uma medida interior”. “O Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor há liberdade” (2 Cor 3,17) (Verbum Domini §38), criando assim um elo entre o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo e o Novo testamento estão intimamente ligados, ambos fazem referência à manifestação de Deus na história, de modo objetivo à pessoa de Jesus de Nazaré.
A Sagrada Escritura não pode ser interpretada de uma maneira fundamentalista, mas precisa ser levado em consideração o valor do conteúdo histórico, para que nos aproximemos dessa verdade que é o próprio Deus. Ao longo da história bíblica os profetas se levantaram para exortar os homens e a reconduzi-los ao caminho de Deus.
A interpretação da Sagrada Escritura nos leva a uma vida de unidade, tal como o desejo de Jesus “Pai que todos sejam um” (Jo 17,21). Não podemos desprezar também o testemunho dos santos, que vivendo a Palavra deram exemplo com a própria vida e estes se tornaram referência para que interpretemos bem o que nos propõe as Escrituras.

domingo, 24 de abril de 2011

Introdução Geral ao Missal Romano

INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO


[ Sumário ]

PROÊMIO
         Testemunho de fé inalterável
         Uma tradição ininterrupta
         Adaptação às novas circunstâncias

CAPÍTULO I
IMPORTÂNCIA E DIGNIDADE DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

CAPITULO II
ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES
I.       Estrutura geral da Missa
II.      Os diversos elementos da Missa
         Leitura da palavra de Deus e sua explanação
         Orações e outros elementos que pertencem à função do sacerdote
         Outras fórmulas utilizadas na celebração
         Modos de proferir os vários textos
         Importância do canto

         Os gestos e atitudes corporais

         O silêncio

III.     As várias partes da Missa
         A)      Ritos iniciais
                  Entrada
                  Saudação do altar e da assembléia
                  Ato penitencial
                  Kýrie, eleison
                  Glória in excelsis
                  Oração colecta
         B)      Liturgia da palavra
                  Salmo responsorial

                  Aclamação antes da leitura do Evangelho

                  Homilia
                  Profissão de fé
                  Oração universal
         C)      Liturgia eucarística

                  Preparação dos dons

                  Oração sobre as oblatas

                  Oração Eucarística
                  Rito da Comunhão
                  Oração dominical

                  Rito da paz

                  Comunhão 

         D)      Rito de conclusão


CAPÍTULO III
OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA MISSA
I.       Ofícios da Ordem sacra
II.      Funções do povo de Deus

III.     Ministérios especiais

         Ministérios instituídos do acólito e do leitor

         As outras funções

IV.     A distribuição das funções e a preparação da celebração

CAPÍTULO IV
AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA
I.       Missa com o povo
         Coisas a preparar
         A)      A Missa sem diácono
                  Ritos iniciais
                  Liturgia da palavra
                  Liturgia eucarística

                  Ritos de conclusão

         B)      A Missa com Diácono
                  Ritos iniciais
                  Liturgia da palavra
                  Liturgia eucarística
                  Ritos de conclusão
         C)      Funções do Acólito
                  Liturgia eucarística
         D)      Funções do Leitor
                  Ritos iniciais
                  Liturgia da palavra
II.      Missa concelebrada
         Ritos iniciais
         Liturgia eucarística
         Modo de proferir a Oração eucarística
         A)          Oração eucarística I, ou Cânone Romano
         B)          Oração eucarística II
         C)          Oração eucarística III
         D)          Oração eucarística IV
         Ritos da Comunhão
III.     Missa com a assistência de um só ministro
         Ritos iniciais
         Liturgia da palavra
         Liturgia Eucarística
         Ritos de conclusão
IV.     Algumas normas gerais para todas as formas de celebração da Missa
         Veneração do altar e do Evangeliário
         Incensação
         Comunhão sob as duas espécies 

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS PARA A CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA
I.       Princípios gerais
II.      Disposição do presbitério para a celebração litúrgica
         A cadeira para o sacerdote celebrante e outros assentos
III.     A disposição da igreja
         O lugar dos fiéis
         O lugar da schola cantorum e dos instrumentos musicais
         As imagens sagradas

CAPÍTULO VI
AS COISAS NECESSÁRIAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA
I.       O pão e o vinho para celebrar a Eucaristia
II.      Alfaias sagradas em geral
III.     Os vasos sagrados
IV.     As vestes sagradas
V.      Outras alfaias destinadas ao uso da Igreja

CAPÍTULO VII
A ESCOLHA DA MISSA E DAS SUAS PARTES
I.       A escolha da Missa
II.      A escolha das partes da Missa

CAPÍTULO VIII
MISSAS E ORAÇÕES PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS
E MISSAS DE DEFUNTOS
I.       Missas e orações para diversas circunstâncias
II.      Missas de defuntos

CAPÍTULO IX
ADAPTAÇÕES QUE COMPETEM AOS BISPOS E ÀS SUAS CONFERÊNCIAS



INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

PROÉMIO
1.       Quando Cristo Senhor estava para celebrar com os discípulos a ceia pascal, na qual instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, mandou preparar uma grande sala mobiliada (Lc 22, 12). A Igreja sempre entendeu que esta ordem lhe dizia respeito e, por isso, foi estabelecendo normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se refere às disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos. As presentes normas, promulgadas por vontade expressa do II Concílio do Vaticano, e o novo Missal que, de futuro, vai ser usado no rito romano para a celebração da Missa, constituem mais uma prova desta solicitude da Igreja, da sua fé e do seu amor inalterado para com o sublime mistério eucarístico, e da sua tradição contínua e coerente, não obstante a introdução de algumas inovações.

Testemunho de fé inalterável
2.        A natureza sacrificial da Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento[1], de acordo com toda a tradição da Igreja, foi mais uma vez formulada pelo II Concílio do Vaticano, quando, a respeito da Missa, proferiu estas significativas palavras: “O nosso Salvador, na última Ceia, instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue, com o fim de perpetuar através dos séculos, até à sua vinda, o sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à Igreja, sua amada Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição” [2].
Esta doutrina do Concílio, encontramo-la expressamente enunciada, de modo constante, nos próprios textos da Missa. Assim, o que já no antigo Sacramentário, vulgarmente chamado Leoniano, se exprimia de modo inequívoco nesta frase: “todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício, realiza-se a obra da nossa redenção”[3], aparece-nos desenvolvido com toda a clareza e propriedade nas Orações Eucarísticas. Com efeito, no momento em que o sacerdote faz a anamnese, dirigindo-se a Deus, em nome de todo o povo, dá-Lhe graças e oferece-Lhe o sacrifício vivo e santo, isto é, a oblação apresentada pela Igreja e a Vítima, por cuja imolação quis o mesmo Deus ser aplacado[4]; e pede que o Corpo e Sangue de Cristo sejam sacrifício agradável a Deus Pai e salvação para todo o mundo[5].
Deste modo, no novo Missal, a norma da oração (lex orandi) da Igreja está em consonância perfeita com a perene norma de fé (lex credendi). Esta ensina-nos que, excepto o modo de oferecer, que é diverso, existe perfeita identidade entre o sacrifício da cruz e a sua renovação sacramental na Missa por Cristo Senhor instituída na última Ceia, ao mandar aos Apóstolos que a celebrassem em memória d’Ele. Consequentemente, a Missa é ao mesmo tempo sacrifício de louvor, de acção de graças, de propiciação e de satisfação.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Evangelização da Juventude - Documentos CNBB n° 85


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) celebrou sua 44ª Assembléia Geral de 9 a 17 de maio de 2006, tendo como tema central "A Evangelização da Juventude".

Segundo o secretário-geral da CNBB, Dom Odilo Pedro Scherer, "não existem dúvidas sobre a importância de uma intensa e eficaz evangelização dos jovens: deles, depende o futuro da vida e da missão da Igreja".

"A evangelização da juventude é importante principalmente porque os jovens têm o direito de se encontrar com Jesus Cristo e receber o seu Evangelho", afirma o prelado, que é bispo auxiliar de São Paulo, explicando a Agência Fides, da Congregação vaticana para a Evangelização dos Povos por que o evento teve como centro dos trabalhos a prioridade da "Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Documento de Puebla - 1979

A Terceira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano realizou-se em Puebla de los Angeles no período de 27 de janeiro a 13 de fevereiro de 1979.
A terceira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano foi realizada em Puebla de los Angeles, no México, em 1979. No fim de 1976, no transcurso da XVI Assembléia do CELAM, celebrada em San Juan de Puerto Rico, Sebastião Cardeal Baggio, então prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, anunciou que Paulo VI tinha a intenção de convocar a III Conferência Geral.
Os bispos acolheram com entusiasmo a notícia e iniciaram os trabalhos preparatórios ao evento eclesial. Paulo VI apontou como documento de referência a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, de 1975, na qual o pontífice analisava o que é evangelizar, qual é o conteúdo da evangelização, quem são os destinatários da evangelização, quem são seus agentes e que espírito deve presidi-la.
Paulo VI convocou oficialmente a III Conferência no dia 12 de dezembro de 1977, sob o tema: “Evangelização no presente e no futuro da América Latina”. O pontífice assinalou que ela seria celebrada de 12 a 18 de outubro de 1978, mas o seu falecimento e o breve pontificado do Papa João Paulo I fizeram com que a Conferência fosse adiada, até ter lugar de 28 de janeiro a 13 de fevereiro de 1979. Participaram 356 delegados, sendo previstos inicialmente 249, 221 dos quais eram bispos.
A presidência da Conferência de Puebla esteve a cargo de Sebastião Cardeal Baggio, prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina; de Dom Aloísio Cardeal Lorscheider, arcebispo de Fortaleza, presidente da CNBB e presidente do CELAM; e de Alfonso López Trujillo, arcebispo coadjutor de Medellín, na Colômbia e secretário-geral do CELAM.
O Papa João Paulo II inaugurou a III Conferência pessoalmente, com um discurso lido no Seminário Palafoxiano de Puebla. Essa foi a primeira viagem deste Papa à América e despertou o interesse de multidões. Seu discurso inaugural ditaria a marcha dos trabalhos da reunião eclesial.