A Teologia da Libertação surgiu, mais especificamente, na América Latina, na década de 60, e ganhou adeptos principalmente nas Comunidades Eclesiais de Base. A partir dos anos 80 pudemos sentir mais de perto a sua ação. Nasceu da influência de três frentes de pensamento: o Evangelho Social das igrejas norte-americanas; a Teologia da Esperança, do teólogo reformado Jürgen Moltmann; e a Teologia Política que tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo batista Harvey Cox, nos EUA. Depois disso, nós temos o Teólogo Brasileiro Leonardo Boff em 1972, como Ruben Alves estava exilado, ele se tornou um grande ícone da Teologia da Libertação no Brasil.
Foi então que o Cardeal Ratzinguer, escreveu um importante artigo intitulado “Eu vos explico a teologia da libertação” (Revista PR,n. 276, set-out, 1984, pp354-365), onde deixou claro todo o seu perigo.
Entre as afirmações, o então Cardeal Prefeito diz:
"A gravidade da teologia da libertação não é avaliada de modo suficiente; não entra em nenhum esquema de heresia até hoje existente; é a subversão radical do Cristianismo, que torna urgente o problema do que se possa e se deva fazer frente a ela".
"Com a análise do fenômeno da teologia da libertação torna-se manifesto um perigo fundamental para a fé da Igreja. Sem dúvida, é preciso ter presente que um erro não pode existir se não contém um núcleo de verdade. De fato, um erro é tanto mais perigoso quanto maior for a proporção do núcleo de verdade assumida".
Vamos conhecer as declarações dos Teólogos da Libertação e procurar a origem da TL:
"O que propomos não é Teologia dentro do marxismo, mas marxismo (materialismo histórico) dentro da Teologia". (Leonardo Boff , num artigo. no Jornal do Brasil, em 6 de Abril de 1980)
“Para a Teologia da Libertação a sociedade "socialista" que ela procura instaurar é sinônimo de "Reino de Deus": "Se assim é, eu afirmo que hoje, para nós, o Reino de Deus é concretamente o socialismo" (L. Boff e Cl. Boff. Da Libertação, p. 96)
Meu socialismo nutre-se mais da comunidade primitiva dos cristãos, descrita nos Atos dos Apóstolos, que na teoria do valor". (Alívio, Angústia e Esperança - Frei Betto)
Irei enumerar alguns pontos relevantes onde a Teologia da Libertação é contraria a Fé Católica.
“No presente documento tratar-se-á somente das produções daquela corrente de pensamento que, sob o nome de "teologia da libertação", propõem uma interpretação inovadora do conteúdo da fé e da existência cristã, interpretação que se afasta gravemente da fé da Igreja, mais ainda, constitui uma negação prática desta fé.”(Libertatis Nuntius, VI, 9 - Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé).
Outrossim, vale relembrar:
“Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do batismo, de qualquer verdade que se deva crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dela; [...]” (Código de Direito Canônico, Cân. 751).
2- Compreensão meramente simbólica dos milagres ligados a Cristo (multiplicação dos pães, eucaristia, ressurreição etc.).
Sem atribuir aos milagres de Cristo um fato histórico e verídico, não temos como estar de acordo com a Fé Católica, sendo assim, os protestantes estariam certos ao afirmarem que não comungamos da Eucaristia.
3- Mistura conceitos Marxistas com a doutrina Cristã da Igreja.
" Marx mostrou com exatidão como realizar a derrubada das estruturas. "Mas não nos disse como as coisas deveriam proceder depois. Ele supunha simplesmente que, com a expropriação da classe dominante, a queda do poder político e a socialização dos meios de produção, ter-se-ia realizado a Nova Jerusalém ." Marx "esqueceu que o homem permanece sempre homem. Esqueceu o homem e sua liberdade. Esqueceu que a liberdade permanece sempre liberdade, inclusive para o mal . (...) O seu verdadeiro erro é o materialismo: de fato, o homem não é só o produto de condições econômicas nem se pode curá-lo apenas do exterior. (...) Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor ". (Encíclica Spe Salvi - Bento XVI)
Dessa forma, a religião se torna não um ambiente de adoração a Deus, mas um lugar para a satisfação materialista e terrena da humanidade. Recentemente, o Teólogo da Libertação Clóvis Boff escreveu sobre os erros da própria TL ao site Adital. Onde ele afirma que “a Teologia da Libertação colocou os pobres no lugar de Cristo”.
5 - Relativismo, indiferentismo e contestação da Fé da Igreja como algo essencial ao homem.
Não há libertação do homem sem este aderir incondicionalmente a Fé em Cristo, e não há como ter fé em Cristo plenamente sem ter fé na sua Igreja.
Hoje 25% das instituições que tratam dos aidéticos são da Igreja; em toda a História da Igreja os santos e santas viveram a verdadeira caridade; só para citar alguns: Santa Isabel da Hungria, S. Vicente de Paulo, S. Francisco de Assis, S. Camilo de Lelis, S. João Bosco, Madre Teresa de Calcutá, Irmã. Dulce, e milhares de outros que nunca precisaram reinterpretar o Evangelho e politizar a fé com métodos marxistas de luta de classes, invasão de propriedades alheias fora da lei, etc., para promover os pobres. São os verdadeiros bons samaritanos do Evangelho.
A Teologia da Libertação afirma que o homem deve libertar-se de qualquer autoridade, inclusive de Deus.
ResponderExcluirA libertação visada é de toda autoridade, o que significa o desejo de instaurar uma verdadeira anarquia. Por isso, a TL é contra o Papa, contra o sacerdócio hierárquico.
A Teologia da Libertação foi uma tentativa política de justificar a aproximação da Igreja ao comunismo, enquanto os partidos que ela suscitou foram braços políticos dessa "Teologia" marxista.