quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Meditação Cristã - 1

“Os métodos de meditação são tão diversos quanto os mestres espirituais. Um cristão deve querer meditar regularmente. Caso contrário, assemelha-se aos três primeiros terrenos da parábola do semeador. Mas um método é apenas um guia; o importante é avançar, com o Espírito Santo, pelo único caminho da oração: Jesus Cristo.” CIC – Catecismo da Igreja Católica §2707

Quando falamos em meditação, lembramos inicialmente das religiões orientais, ou apenas em monges ou religiosas enclausuradas. Ficamos surpresos quando identificamos tal prática na Igreja Católica, prática esta que recebeu muitos significados, perdendo um pouco de sua essência em nosso meio.

Iniciemos restaurando a significação. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2723: “A meditação é uma busca orante que põe em ação o pensamento, a imaginação, a emoção, o desejo. Tem por finalidade a apropriação crente do assunto meditado, confrontado com a realidade de nossa vida”.

“A meditação é, sobretudo uma procura. O espírito procura compreender o porquê e o como da vida cristã, a fim de aderir e responder ao que o Senhor pede. Para tanto, é indispensável uma atenção difícil de ser disciplinada. Geralmente, utiliza-se um livro, e os cristãos dispõem de muitos: as Sagradas Escrituras, especialmente o Evangelho, as imagens sacras, os textos litúrgicos do dia ou do tempo, os escritos dos Padres espirituais, as obras de espiritualidade, o grande livro da criação e o da história, a página do "Hoje" de Deus.

Meditando no que lê, o leitor se apropria do conteúdo lido, confrontando-o consigo mesmo. Neste particular, outro livro está aberto: o da vida. Passamos dos pensamentos à realidade. Conduzidos pela humildade e pela fé, descobrimos os movimentos que agitam o coração e podemos discerni-los. Trata-se de fazer a verdade para se chegar à luz: "Senhor, que queres que eu faça?" – CIC § 2705 - 2706

Não há necessidade maior na Igreja e no mundo, hoje em dia, do que a de uma compreensão renovada de que o convite à oração, à oração profunda, é universal. A unidade entre os cristãos, bem como, em ampla escala, entre diferentes raças e credos reside na descoberta ou no encontro, de nossa parte, do princípio interior de unidade como experiência pessoal feita dentro de nossos próprios corações.

A meditação é o processo simplíssimo, mediante o qual nos preparamos, na primeira instancia, para ficarmos em paz conosco mesmos, assim como somos capazes de apreciar a paz da divindade dentro de nós.

Bem melhor que teorizar é praticar a meditação! Este é o primeiro artigo de uma série que postarei aqui. Nas próximas postagens, procurarei expor alguns pontos chaves da meditação, bem como algumas técnicas específicas para que possamos viver-la intensamente em nossa vida de oração.

Deus abençoe a todos! Paz e bem!

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