terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sacramentos: Batismo

O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão. Batizar em grego significa “mergulhar”, “imergir”, o “mergulho” na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita como “nova criatura”.
Todas as prefigurações da antiga aliança encontram sua realização em Cristo Jesus. Ele começa sua vida pública depois de ter-se feito batizar por João Batista no Jordão, e após sua Ressurreição confere esta missão aos apóstolos: “Ide, pois, fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28, 19-20).
A partir do dia de Pentecostes, a Igreja celebrou e administrou o santo Batismo. Com efeito, Pedro declara à multidão impressionada com sua pregação: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2, 38). Os batizados “vestiram-se de Cristo”. Pelo Espírito Santo, o Batismo é um banho que purifica, santifica e justifica.

O significado e a graça do sacramento do Batismo aparecem com clareza nos ritos de sua celebração: O sinal-da-cruz: assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe e significa a graça da redenção que Cristo nos proporcionou por sua Cruz. O anúncio da Palavra de Deus: ilumina com a verdade revelada os candidatos e a assembléia, e suscita a resposta da fé, inseparável do Batismo. Profissão de fé: anúncio de aceitação aos pensamentos de Deus e da Igreja. A água batismal: A Igreja pede a Deus que, por sue Filho, o poder do Espírito Santo desça sobre esta água, para que os que forem batizados nela “nasçam da água e do Espírito” (Jo 3, 5). A veste branca: simboliza que o batizado vestiu-se de Cristo. A vela acesa: significa que Cristo iluminou o batizado. Em Cristo, eles são a luz do mundo.
Só quem pode receber o Batismo é a pessoa que ainda não é batizada. Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, as crianças necessitam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus. A prática de batizar crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando “casas” inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças. Para que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Este é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã.
Os bispos, padres e diáconos podem batizar. Em caso de necessidade, qualquer pessoa, mesmo não batizada, que tenha a intenção exigida, pode batizar utilizando a fórmula batismal trinitária, pois o Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação.
Para aqueles que morreram sem o Batismo, mas manifestaram desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento de seus pecados e caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento. Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus. Vale ressaltar que a Igreja Católica aceita o Batismo de algumas igrejas protestantes, porém estas não aceitam o Batismo da Igreja Católica.

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