Por séculos, a Mãe de Deus ofereceu-nos o mesmo conselho, tanto para resolver problemas pessoais quanto para a solução das grandes questões que envolvem a Igreja e as nações.
Foi por volta do ano 1200 que a Santíssima Virgem entregou o “Saltério” a São Domingos de Gusmão, prometendo que as perturbações originadas por uma heresia seriam afastadas se o povo o rezasse com devoção. Esse “Saltério” ou Rosário era composto de 150 contas em um cordão, formando um círculo, para auxiliar na oração das 150 Ave-Marias em honra da Mãe de Deus. Os efeitos dessa devoção não tardaram. A França, que estava envolta em guerras e confusões de toda ordem, voltou à completa paz. Todos sentiram a torrente de graças e fervor trazidos pela nova forma de piedade.
Foi, porém no século XV que Nossa Senhora aprofundou Suas promessas, aparecendo ao pregador Alano de La Roche e incitando-o a difundi-las a todo o povo católico. Em seu livro “Da dignidade do Saltério”, este Bem-aventurado deixou o relato dessas visões e das famosas 15 promessas a quem reza com confiança o Rosário:
A profundidade de tais afirmações deu grande impulso à devoção do Rosário, de forma que não se conhece história de santo recente que não o tenha rezado diariamente. Por exemplo, São Luís Maria Grignion de Montfort (1673 – 1716), grande apóstolo de Maria Santíssima, assim resume a importância desse sacramental:
“A Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alano de La Roche que, depois do Santo Sacrifício da Missa, não havia devoção mais excelente e meritória que o Rosário, que é como que um segundo memorial e representação da vida e da Paixão de Jesus Cristo”. (Obras de San Luis Maria GRignion de Montfort, El secreto admirable Del Santissimo Rosario, Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1954, p.356)
Inicialmente divididos em 3 grupos de 50 Ave-Marias, formando cada parte um Terço, contemplavam-se os Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos da vida de Jesus. E assim foi rezado durante séculos. Recentemente, porém, desejando incrementar essa devoção para contrarrestar os males modernos, o Papa João Paulo II completou essas meditações com os Mistérios Luminosos, contemplando a vida pública de Cristo antes de sua Paixão.
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