"... A música sacra será tanto mais santa, quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica..." (SC 112c). Na
liturgia, o canto une as pessoas, anima e dá vida à celebração. Facilita passar
de "uma só voz" a "um só coração", e, finalmente, a
"uma só alma", como se vê na espiritualidade das comunidades
primitivas. Podemos, pela liturgia, unir nossa voz à dos anjos, sendo realmente
nosso canto exultação de um povo feliz e redimido.
A
música, na liturgia, é chamada a uma densidade teológica e espiritual à altura
do mistério que nela celebramos. Por isso, não se pode escolher qualquer canto
e qualquer música para a liturgia, pois, ela deve aderir-se à natureza da
liturgia, na sua funcionalidade ministerial.
Vejamos,
agora, cada um dos cantos que compõem a missa, com suas respectivas funções
ministeriais:
A) Canto processional de Entrada: Acompanha
o rito, o movimento, a procissão. Tem por finalidade constituir e congregar a
assembleia, introduzindo-a no mistério a ser celebrado – tempo litúrgico,
sonorizar o caráter festivo da celebração, provocar a união dos fiéis, dar o
tom da celebração.
O Missal Romano diz: “... seja adequado à ação sagrada ou à
índole do dia ou do tempo litúrgico”, elevando seus pensamentos à
contemplação do mistério litúrgico. Pode ser usada a antífona com seu salmo
(Gradual Romano) ou outro canto, executado pelo povo ou alternando grupo coral
e povo.
O canto de entrada deve ser de
grande amplidão, alegre e vibrante, de preferência em tom maior, ritmo binário
(hino ou canto estrófico: refrão e estrofes), de preferência a uma só voz, para
facilitar o canto do povo.
B) O rito penitencial – Senhor, tende piedade
ou Kyrie eleison - é uma aclamação
suplicante endereçada a Cristo, o Senhor, louvando-O e à sua misericórdia.
Pertence aos cantos rituais, constituindo o próprio rito da celebração
(Ordinário da Missa). Não é o Ato Penitencial, mas sim uma doxologia ou
proclamação da bondade e misericórdia de Deus, cantado após o Ato Penitencial e
a absolvição, a não ser que já tenha participado do mesmo, através das várias
fórmulas apresentadas pelo Missal Romano, como variante deste. Importa não acentuar demais o aspecto penitencial
na Celebração Eucarística, evitando também paráfrases e outros cantos
penitenciais.
C) Glória ou Hino de Louvor – Diz a
Introdução do Missal Romano: “O Glória é
um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito
Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro, portanto de caráter
doxológico (louvor, glorificação). É cantado de forma direta pela assembleia
dos fiéis ou pelo povo em alternância com os cantores, ou ainda só pelo coro.”
( n.53). É uma das peças mais antigas da Missa, incorporada pela Igreja Romana
no século II, por ocasião do Natal. Sua nota dominante: o júbilo, louvor
confiante e alegre... Como hino que é, deve ser cantado. Pode ser dividido em
três partes: a) o canto dos anjos,
na noite de Natal; b) os louvores a
Deus Pai; c) os louvores seguidos de
súplicas e aclamações a Cristo, o Cordeiro, o Kyrios, o Senhor. Canto em prosa,
conforme Missal Romano, há várias melodias. Evitar os “Glorinhas”, trinitários,
que abreviam o conteúdo rico do mesmo. Não deve ser substituído por outro canto
de louvor, pois faz parte dos cantos rituais, é o próprio rito.
D) Salmo Responsorial – O costume de se
cantar o salmo após a leitura remonta aos primeiros séculos do cristianismo,
prática herdada do culto da sinagoga judaica. Santo Agostinho fala do valor do
salmo cantado durante a liturgia da palavra, como uma “leitura cantada”. Faz
parte integrante da Liturgia da Palavra, como resposta orante da comunidade à
proposta e às maravilhas proclamadas por Deus na primeira leitura, e deve ser
cantado de forma dialogal, o texto de preferência extraído do Lecionário, que é
a nossa Bíblia litúrgica. Importância da
função do salmista, ao mesmo tempo ouvinte e ministro da Palavra; ele proclama
o salmo no ambão – mesa da Palavra. O salmo é a proclamação da Palavra cantada,
por isso requer-se o mínimo de preparo técnico e vocal, litúrgico e musical do
salmista. Devido à sua importância, não deve ser omitido nem substituído por “canto
de meditação”. É um canto interlecional,
ou seja, está situado entre as leituras.
E) Aclamação ao Evangelho, o “Aleluia” -
adaptação portuguesa do Halelû Yah = Louvai Javé. Portanto, convite ao louvor
jubiloso, através do qual a assembleia dos fiéis acolhe o Senhor que vai falar
no Evangelho; como um “viva” pascal ao Verbo de Deus, que nos dirige palavras
de vida eterna. É uma solene e jubilosa
profissão de fé cantada, aclamando Jesus Cristo. Portanto, sendo aclamação, é
um grito com que exteriorizamos nossos mais profundos sentimentos e
experiências de vida, projetando-nos para fora de nós, algo que espontâneo
brota do interior e se faz exclamação, grito de júbilo. Por isso, deve ser
breve, denso e sonoro. Também por isso mesmo, só pode ser cantado, não se lê,
não se diz, só se canta...
O ideal: Aleluia (todo o povo) +
versículo do dia (solista ou coral). As aclamações são importantíssimas para a
participação do povo. Na Quaresma é substituído por outra aclamação, mas também
vibrante e sonora. É cantado por todos, de pé, podendo acompanhar a procissão
com o Evangeliário, do altar para o ambão, hoje já tão em uso nas nossas
liturgias. Pode-se repetir a aclamação como resposta ao Senhor que nos falou,
no final do Evangelho.
F) Credo – A profissão de fé é menos apta
para ser cantada por toda a assembleia, mas a Instrução Geral do Missal Romano
prevê: “O símbolo deve ser cantado ou
recitado pelo sacerdote com o povo aos domingos e solenidades; pode-se também dizer
em celebrações especiais de caráter mais solene. Quando cantado, é entoado pelo
sacerdote ou se for oportuno, pelo cantor ou pelo grupo de cantores; é cantado
por todo o povo junto, ou pelo povo alternando com o grupo de cantores.” Os
documentos dizem que não existe obrigação de cantá-lo, pois não é hino nem
aclamação, mas sim profissão de fé. Se for cantado, “procure-se fazê-lo como de
costume, todos juntos ou alternadamente”. É a afirmação da unidade da fé, não só através
das diferentes comunidades, mas através dos tempos.
G) A oração universal, Preces – “Na oração universal ou oração dos fiéis, o
povo reza por todos, exercendo deste modo o seu múnus sacerdotal.”. A ordem
é a seguinte: a) pelas necessidades
da Igreja; b) pelas autoridades
civis e pela salvação do mundo; c)
por aqueles que sofrem dificuldades; d)
pela comunidade local. É uma herança da tradição judaica, que gostava de
acrescentar às bênçãos orações de súplicas, e desde o início do cristianismo
foram aceitas e multiplicadas... Pode ser considerado como parte do Ordinário
da Missa. Nem sempre as Preces vão ser cantadas, mas o seu canto lhes dará uma
solenidade e intensidade especiais.
H) Canto das oferendas, preparação dos dons
– É canto que acompanha a apresentação dos dons do pão e do vinho, facultativo
e tem verdadeiro sentido quando houver a procissão das oferendas para o altar. Diz
a Instrução do Missal: “O canto das
oferendas acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que
os dons tenham sido colocados sobre o altar.” Portanto, não deve se
prolongar, uma vez que acompanha o rito da procissão com os dons. Não é um
canto para oferecer o sacrifício: a única oferta é Jesus Cristo e nós, “por Ele, com Ele e nEle”, em sacrifício
vivo e santo; é, sim, canto para
apresentar os dons e preparar a mesa do altar, após a liturgia da Palavra...
Por isso, evitar os “cantos de ofertório”.
Momento com muitas possibilidades, dependendo da solenidade ou da festa: um
hino a Jesus Cristo, ao Espírito Santo, a Maria ou outro; um solo de órgão ou
outro instrumental, um dueto vocal, o coro, além de responder cantando à oração
de bênção: “Bendito sejais, Senhor Deus
do Universo...” (Os momentos da preparação dos dons: a apresentação do pão,
a apresentação do vinho, a mistura da água e do vinho, as outras oferendas –
nossa partilha fraterna, e a oração sobre as oferendas. A apresentação dos dons
é o pórtico de entrada da oferenda eucarística).
I) Sanctus, a aclamação do universo – Tem
sua origem no Oriente, século II. O texto bíblico: As duas primeiras
aclamações, tiradas de Isaías, de sua visão dos anjos prostrados diante do
altar... “Toda a terra está cheia de sua glória”. Hosana (do hebraico Hosiah-na= dá a salvação, do salmo 118,25 –
“Senhor, dai-nos a salvação!”) Nas
alturas = Deus que habita os altos céus... Bendito o que vem: Sl 118,26, que a tradição transformou numa
aclamação messiânica: “Bendito O que vem
em nome do Senhor!”, festejando e aclamando o Senhor, quando de sua entrada
em Jerusalém. (Mt 21, 9). Portanto, o clima bíblico do Santo é de celebração
gloriosa: teofania (manifestação de Deus), deve produzir expressão exuberante
de alegria, aclamação jubilosa, unânime e solene com que se conclui o prefácio
(que inicia a oração eucarística, e devia ser cantado). O santo, como o salmo e
o Amém doxológico, é o principal dos cantos do Ordinário da missa. É a primeira
aclamação da assembleia na prece eucarística, e como hino-aclamação, deve ser
profundamente festivo e jubiloso, evocando a aclamação entusiasta do povo no
dia de Ramos, a parusía gloriosa no fim dos tempos, ambiente de festa em que
céu e terra se unem, reunindo num louvor cósmico e universal, os santos do céu
e a Igreja da terra. Segundo o Apocalipse, o Sanctus é a aclamação da liturgia
celeste. A assembleia deveria ficar à vontade e alegre, ao cantar esse louvor
solene, sentindo-se intérprete fundamental desta aclamação, a primeira e mais
importante a ser cantada pela comunidade. A melhor forma de cantar o Santo é a
forma direta. Não deve ser substituído por “versões
tão livres que não correspondam à doxologia bíblica.”.
J) Aclamação Memorial – Logo após a
narrativa da Instituição, o presidente canta ou diz: “Eis o Mistério da fé!” e
todos aclamam, de pé, como povo ressuscitado em Cristo: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte...” ou “Toda vez que se come deste pão...” ou ainda “Salvador do mundo...”, proclamando sua fé em tom aclamativo,
fazendo memória do mistério pascal de Cristo – sua vida e mensagem salvadora,
sua paixão e morte, ressurreição e ascensão ao céu, enquanto aguarda a sua
vinda gloriosa. Não pode ser substituída por cantos de adoração ou benditos...
Recomenda-se que nos tempos de Advento e Natal cante-se o “Anunciamos, Senhor...”; Quaresma e
Páscoa – “Salvador do mundo...”; Tempo
Comum - “Toda vez que se come...”,
mas a primeira é a mais usada nos domingos. (Também chamada de Anamnese, do
grego= lembrança, comemoração).
K) Aclamação à doxologia final - O grande
Amém - Ao Pai, pelo Filho, no Espírito
Santo. Conclui a Oração Eucarística: Ao “Por Cristo, com Cristo, em Cristo...”,
recitado ou cantado pelo presidente, enquanto eleva ao Pai com bastante expressividade
o pão e o vinho transformados em Corpo e
Sangue do Senhor, portanto em Eucaristia
e ação de graças, a assembleia deve
aderir e prorromper com o “Amém”,
muito vibrante e solene, repetido várias vezes, cantando portanto, e podendo-se aplaudir. Este amém nos lembra
nossa dignidade de povo sacerdotal, participando com ele da prece eucarística. Lembra-nos
Santo Agostinho: “Seu amém é sua assinatura, é seu consentimento, é seu
compromisso.” E São Jerônimo recorda-nos que esse Amém “ressoava como um trovão” nas basílicas
romanas. É o movimento do universo rumo à eternidade de Deus, aquilo que o
gesto da doxologia quer significar. “Toda a criação nasce do coração do Pai,
como fruto do Seu amor. Toda a criação alcança a sua existência por Cristo,
primogênito de toda criatura” (Col 1, 15). Toda a criação é habitada pelo
Espírito que a enche do Seu amor.” (Lembra Pe. Busch – os pedaços da vida que
vamos oferecendo, o amém da vida inteira entregue... AMEM! ALELUIA1) Nosso Papa
João Paulo II- sua última palavra: Amém! SEMPRE
devia ser CANTADO, pois é de fundamental importância. Há várias fórmulas
no Missal.
L) Pai Nosso: a oração dos filhos – Chegou
até nós por dupla tradição: Mateus 6, 9-11 e Lucas 11,2-4. São sete petições,
das quais as três primeiras “celestes” – Deus, sua Vontade e seu Reino, e as
quatro seguintes “terrestres”, pois dizem respeito a nós, humanos. O próprio
Jesus nos ensinou, dirigindo-se a Deus como “Abba, Pai!”. A celebração
eucarística é em si mesma louvor dos filhos ao seu Pai do céu. Pode-se cantar o
Pai Nosso numa melodia simples. Sendo um texto bíblico, não deve ser
substituído por paráfrases ou outros textos. O Pai Nosso na Missa não é
conclusivo, e sim nos introduz ao rito da comunhão. Por isso não se diz Amém no final.
M) O rito da Paz – O Missal explica: “Os fiéis imploram a paz e a unidade para
toda a Igreja e para toda a família humana; e saúdam-se uns aos outros, em
sinal de mútua caridade.” (56). Consta de três elementos: a oração pela paz,
a saudação, à qual a assembleia responde “O
amor de Cristo nos uniu” e o gesto da paz, que é facultativo. Não faz parte da tradição litúrgica entoar-se um
canto durante a saudação. Mas este sinal de fraternidade foi muito bem acolhido
pelo povo, tornando-se um dos elementos de maior participação de toda a
assembleia. Se há um canto durante a saudação da paz, que seja curto e leve, e
não tenha um conteúdo de fraternidade e amizade apenas, mas um anúncio de que
Jesus traz a verdadeira paz. “Ele é nossa paz.” (Ef 2, 34). Portanto,
deve referir-se a Cristo, à paz do Ressuscitado. Não deve ofuscar nem invadir o
canto que acompanha o rito da fração do pão, o “Cordeiro de Deus”. Cuidado para não abusar dos cantos de paz,
deixando-os para os dias mais solenes, festas especiais, optando de preferência
por cantar o Cordeiro de Deus, ao realizar a fração do pão.
N) Cordeiro de Deus - Foi introduzido na
Missa pelo Papa Sérgio, no século VIII, inspirando-se nas palavras de João
Batista, ao saudar Jesus: “Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo...”, e com acentos de glória e louvor
tirados do Apocalipse, onde o Cordeiro aparece com toda a sua majestade pascal.
No início, a invocação era repetida enquanto durasse o rito que ela
acompanhava. No século XI as invocações foram limitadas a três, sendo que a
última conclui com o “Dai-nos a paz!”.
O Missal Romano acrescenta: “Pode
repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar a fração do pão.”
(n.63). Compete ao povo / animador do canto / coral e não ao sacerdote entoar
este canto, acompanhando o partir do pão para a comunhão, preparando-se a
assembleia para participar do banquete pascal do Cordeiro imolado e glorioso,
ele nossa paz.
O) O Canto processional da Comunhão – Acompanha o rito da Comunhão, sendo o canto mais antigo da missa, aparecendo já em Roma no século IV. Inicialmente se entoava o Salmo 34 (33) “Provai e vede como o Senhor é bom. Feliz de quem nele espera, nada lhe falta, será feliz.”. São Jerônimo nos fala deste canto, que com o tempo, foi cantado após a comunhão, o chamado postcommunio. Diz a Introdução Geral ao Missal Romano: “Enquanto o sacerdote e os fiéis recebem o Sacramento, tem lugar o canto da comunhão, canto que deve expressar, pela união das vozes, a união espiritual daqueles que comungam, demonstrar ao mesmo tempo a alegria do coração e tornar mais fraternal a procissão dos que vão avançando para receber o Corpo de Cristo. O canto tem início quando o sacerdote comunga, prolongando-se enquanto os fiéis comungam até o momento que pareça oportuno.” Um canto adequado à comunhão deverá corresponder ao sinal que está sendo realizado: a refeição fraternal do Corpo e do Sangue de Cristo, na fraternidade e alegria da participação do banquete eucarístico. Uma assembleia que caminha cantando em busca do dom gratuito e generoso do Pai que se senta à mesa com seus filhos e a todos alimenta com o Seu Filho Jesus, é símbolo de uma Igreja a caminho, alegre e festiva. Agora e aqui na terra, todos “convidados para a Ceia do Senhor; e um dia, jubilosos convidados para as Bodas do Cordeiro, o Cristo glorioso, no céu... Portanto, não são apropriados os antigos cantos de adoração ao Santíssimo Sacramento, nem cantos subjetivos e intimistas, de mensagem genérica. Na medida do possível, esteja em consonância com o evangelho proclamado: a Palavra se faz Eucaristia! É normal que os cantos de comunhão tenham, de alguma forma, a participação de toda a comunidade. A respeito do grupo dos cantores, que é sempre uma questão com muitas dúvidas, diz o Missal Romano: “O grupo dos cantores , segundo a disposição de cada igreja, deve ser colocado de tal forma que se manifeste claramente sua natureza, isto é, que faz parte da assembleia dos fiéis, onde desempenha um papel particular; que a execução de sua função se torne mais fácil; e possa cada um de seus membros facilmente obter uma participação plena na Missa, ou seja, participação sacramental. (n.312). Não há necessidade de multiplicar cantos durante o rito da comunhão: silêncio, alternância entre canto e instrumento, algum solo, repetição do refrão, convém mais, refletindo a unidade do mistério celebrado e da assembleia como um todo.
P) O canto após a Comunhão – O Missal
Romano lembra a possibilidade de entoar um salmo, hino, refrão orante: “Terminada a distribuição da Comunhão, se
for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio,
recolhimento, interiorização. Se desejar, toda a assembleia pode entoar ainda
um salmo ou outro canto de louvor ou hino”. (n.83) “É um canto facultativo, não necessário, e às vezes nem desejável,
quando já houve um canto de comunhão, com participação do povo, que se
prolongou por algum tempo”. (Estudo 79 da CNBB), não cabendo neste momento Oração pelas vocações, Ave-Marias, homenagens...
(Homenagens e avisos são feitos após a Oração, antes da bênção final). Equilíbrio, bom senso, sensibilidade são
sempre o melhor caminho para dosar canto
e silêncio, levando a assembleia ao encontro com Deus.
Q) Louvor Final – Não está previsto o
chamado “canto final”, não faz parte da estrutura da missa, após a bênção e
despedida do sacerdote, uma vez que com o “Ide em paz”, a assembleia está
dispensada. Na saída do povo, o mais conveniente seria uma música instrumental,
como acontece nas igrejas da Europa, ou uma bela intervenção do coro/grupo de
canto... Mas nosso povo de certa forma o incorporou ao seu repertório
litúrgico, de modo que se pode entoar um canto devocional – a Maria, ao santo
padroeiro, ou outro, em vista da missão, de caráter mais livre.
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