segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Origem e formação cristã de Antão

Santo Antão é também conhecido por “Santo Antônio do Egito”, “Santo Antônio, o Grande”, “Santo Antônio Abade”, ou ainda “Santo Antão, o Eremita”. Ele é considerado como o fundador do monaquismo cristão.
Segundo Santo Atanásio, sobre quem falaremos mais adiante, Antão nasceu no Egito, no ano 251, num lugarejo chamado Coma, hoje Qemans, província de Beni Suef, na margem ocidental do Rio Nilo, e faleceu no ano 356, portanto, com 105 anos.
Para situar melhor o leitor, convém lembrar que o Egito é um País que fica no Nordeste da África, perto da terra onde Jesus nasceu, viveu e morreu. O Povo de Deus viveu por muito tempo no Egito, e de lá foi tirado por Moisés.  Jesus também viveu parte de sua infância no Egito, quando para lá foi levado por Maria e José, fugindo da perseguição de Herodes, e lá permaneceu até a morte deste.
O Egito é um País quente, onde chove pouco, e ali na região onde viviam os pais de Antão, a única fonte d'água existente era o Rio Nilo. A prosperidade ou a penúria dos lavradores do Egito dependiam do Nilo. E Antão viveu toda sua juventude dentro deste contexto. Como lavrador e criador, lutava com búfalos, com roda d’água, com agricultura.
Seus pais, egípcios de origem, eram ricos agricultores que cultivavam grande área de terras férteis, localizadas às margens do Rio Nilo.  Apesar de se falar muito da riqueza dos pais de Antão, Santo Atanásio, seu primeiro e principal biógrafo, apresenta-nos Antão como colono egípcio, praticamente iletrado, filho de pais abastados.  Talvez se fale muito na riqueza de seus pais para salientar mais ainda a grandeza de sua renúncia.
Os pais de Antão eram cristãos, apesar de viverem num País tradicionalmente politeísta, ou seja, onde o povo cultuava e adorava vários deuses falsos, sob forma de animal sagrado ou personagem divinizado.
Como cristãos, os pais de Antão procuravam educá-lo na doutrina de Cristo, e seguindo os seus ensinamentos. Estavam sempre atentos para que seus filhos, pois Antão tinha uma irmã, não se deixassem envolver pelos costumes religiosos egípcios, nem pelos ensinamentos filosóficos pagãos dos gregos. Tão preocupados estavam com a educação cristã de Antão e atentos para que nenhum hábito ou influência menos cristã viessem macular a pureza de sua fé, que nem sequer mandaram Antão à escola, surgindo daí a crença de alguns de que ele tenha crescido analfabeto.  Porém, esta suposição talvez não seja totalmente correta, pois ainda hoje existe uma carta autêntica de Antão, endereçada ao Abade Teodoro e seus monges.  Sabe-se também que Antão respondeu algumas cartas que lhe foram enviadas pelo Imperador Constantino, e também tomou a iniciativa de escrever várias outras ao Imperador, pedindo para que reconduzisse seu amigo, o Bispo Atanásio, à sede de sua Diocese, Alexandria.  Consta ainda que escreveu várias vezes a seu discípulo Hilarião, que vivia na Palestina, e ainda teria escrito várias cartas e sermões para jovens eremitas. A vida de Santo Antão, escrita por Santo Atanásio, também salva muitos de seus sermões e discursos, pronunciados durante suas duas estadas em Alexandria. Uma regra monástica datada daquela época é creditada como tendo os seus ideais, suas idéias e suas crenças.  É possível, no entanto, que ele tenha ditado suas cartas para um de seus discípulos escrever.
Em todo caso, é certo que Antão não se dedicou muito aos estudos.  Contentou-se em saber ler e escrever a língua materna, e não quis aprender a literatura grega, o que era comum aos jovens ricos de sua época, para evitar a influência de outros costumes e outras culturas na sua vida. 
Antão era um jovem de grande piedade. Enquanto outros jovens de sua idade divertiam-se a valer, Antão trabalhava no campo, ou ficava em casa e passava suas horas livres em piedosas orações e lendo as Sagradas Escrituras, que eram fonte inspiradora de sua vida, na imitação de Cristo.  Agradava-lhe a vida tranqüila em casa, obediente aos pais e, sobretudo, aos sermões que escutava na Igreja, aos Domingos, cujas lições e princípios conservava no coração.  Herdara de seus pais uma fé incomum e uma obediência incondicional à lei de Deus.  Para Antão, a Lei de Deus não podia ser posta em discussão.  Também de seu pai ele aprendeu a rejeitar os prazeres enganosos que o mundo oferece.  A sabedoria de Antão não era fruto do saber humano nem de longos estudos, mas era um dom de Deus.  Sua bagagem espiritual e intelectual era resultado do que via e ouvia na Igreja, nos sermões do padre e nas leituras bíblicas.  Com a morte de seus pais, privado de suas orientaçãos, ouvia atentamente na Igreja, as lições tiradas da Bíblia e as tomava como ordens de um Pai cuja autoridade considerava maior do que a do outro, que havia morrido. Como filho obediente que sempre fora, esforçava-se, cada vez com mais zelo, cada vez com mais rigor, por viver fielmente, de acordo com os ensinamentos de seu Pai Celestial.    
Durante sua infância, esforçava-se por ser fiel a seu pai da terra, mas agora, visto que ele havia morrido, via cada vez mais claramente que era seu dever ser mais fiel ainda a seu Pai do Céu e tornar-se digno da graça de Deus, lutando por atingir um alto grau de perfeição.
Quando os pais do jovem Antão morreram, ele estava completando seus dezoito ou dezenove anos.

2 comentários:

  1. como consigo a partitura desse hino???

    deus abençoe pela atençao

    lu.piccin@hotmail.com

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  2. Que muitos jovens de hj sigam este belo exemplo de fidelidade as leis de Deus. Santo Antão rogai pelos jovens! Amém.

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