segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Apresentação

         Alguns anos depois que cheguei a esta Paróquia de Santo Antão ═ 31 de março de 1963 ═ resolvi escrever um livro sobre a vida de seu Padroeiro, que seria sobretudo um instrumento de pastoral que eu desejava colocar nas mãos tanto de meus paroquianos quanto de quem mais quisesse tirar algum proveito de sua leitura.
Agora, 20 anos depois  ═ 2007 ═  resolvi fazer uma segunda edição, melhorada na sua aparência e sobretudo no seu conteúdo, sempre desejando que seja um instrumento de pastoral para os meus paroquianos e de uma maneira geral, para todos os vitorienses.  
O que me levou a escrever sobre a vida do nosso Padroeiro, foi o fato de notar que Santo Antão era ainda pouco conhecido até mesmo por parte de muitos vitorienses e moradores deste Município da Vitória de Santo Antão. E para alguns, ele era mesmo um ilustre desco­nhecido.
Quis então dar a minha contribuição no sentido de oferecer a todos, inclusive aos visitantes, um certo nú­mero de informações, suficientes para se ter ao menos um conhecimento relativo de nosso Padroeiro.
Não é minha intenção primordial apresentar-lhe alguém que fez milagres e teve visões, e sim um SANTO: alguém que soube valorizar mais o ‹‹ser›› do que o ‹‹ter››, alguém que fez de sua vida um testemunho vivo de Jesus Cristo, por quem se apaixonou.
Nem também tive a intenção de criar em torno de Santo Antão um movimento de romeiros em busca de cu­ras e proteção, pois acredito, teórica e praticamente, que a nossa proteção vem de Deus.  Ele está sempre co­nosco, e O carregamos dentro de nós.  Acreditamos ou não que pelo Batismo, pela Crisma, pela Eucaristia, o próprio Deus habita em nós? Se acreditamos, podemos então afirmar com segurança que a sua proteção nos basta.  É São Paulo quem nos pergunta: “Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1 Cor 3,16)
Os santos existem para testemunhar por meio de sua vida e dos exemplos que nos deixaram, e pelo seu testemunho, incentivar, encorajar. Diante de seu teste­munho, podemos nos perguntar como Santo Agostinho, ainda em processo de conversão: "O que eles e elas fizeram, por que eu não posso fazer?"
Apesar de Santo Antão ter sido considerado santo ainda em vida, e até mesmo ter feito milagres, o que nos deve interessar na sua vida não são os milagres, as visões, ou ou­tros fatos extraordinários. Nele e em todos os santos devemos admirar, e mesmo imitar, a fidelidade, o desapego, a adesão incon­dicional a Jesus.
A divisão deste livrinho em pequenos capítulos foi feita não para fazê-lo crescer, mas ela tem o objetivo de facilitar a leitura, não cansar o leitor. Os assuntos de cada capítulo são tão interligados entre si que nenhum deles esgota o seu tema, nem tão pouco inicia tema totalmente novo, desligado do anterior, de tal maneira que eu poderia ter feito de todo o livrinho um capítulo só. A divisão é então funcional: ela visa o bem-estar do leitor e a melhor compreensão de tudo o que será dito a respeito de Santo Antão.
Não criei nada. Se alguma coi­sa é fruto da imaginação, não foi criatividade minha, já recebi dos que escreveram antes de mim.  Não conheci o santo, nem recebi nenhuma revelação.  Meu trabalho foi pesquisar, ordenar fatos, fazer triagem, e por fim, resu­mir.
Quem quiser aprofundar-se mais sobre a vida de Santo Antão, pois o que ofereço aqui são rápidas pince­ladas, suficientes apenas para um superficial conheci­mento do santo, poderá ler as obras que estão enumera­das na “Bibliografia”. Foi nelas que eu colhi as infor­mações que passo para os prezados leitores, aos quais agradeço, pois, lendo este livrinho, vocês estão valori­zando o meu modesto trabalho.

Pe. Renato da Cunha Cavalcanti

 Paróquia de Santo Antão, 15/11/2007

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