“A tradição musical da
Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões
de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto,
constitui parte necessária ou integrante da Liturgia solene”. (SC 112)
- Expressa melhor e mais profundamente a
oração - Pelo canto, a
oração se expressa com mais suavidade. Mais que as outras artes, a música
expressa a essência, o próprio ser e o mistério celebrado.
- Mais claramente se manifestam o mistério
da liturgia e da Igreja, Corpo Místico de Cristo, sua índole hierárquica e
comunitária, uma vez que a liturgia é ação de toda a igreja.
- Favorece e expressa a unidade - Mais profundamente se atinge a unidade dos
corações, pela unidade das vozes, vencendo o isolamento, criando sintonia e
harmonia, acima de diferenças, idade, cultura e idiomas... Cantar em comum
produz união, torna os membros coesos entre si. Portanto, o canto faz a
comunidade.
- Enriquece e soleniza a celebração, gerando festa: “Nada mais festivo e
mais grato nas celebrações sagradas do que uma assembleia que, em seu todo,
expressa sua fé e sua piedade por meio do canto.” (MS 16). O canto soleniza um rito, tornando a celebração mais plena, mais intensa, mais clara,
possibilita sua melhor realização, sendo gesto vocal que realiza o rito.
- Exerce uma “função ministerial”, não apenas como humilde serva da
liturgia, mas uma nobilíssima serva, como “ministra da liturgia”. Isso “implica
em duas condições: a) subordinar sua própria identidade a uma função, b) e por
outro, sua ação se transforma em verdadeira atividade sagrada, celebrante e
santificadora. Pela primeira, a música não atua na liturgia como único critério
de sua autonomia estética, porém, longe de perdê-la, sua própria identidade
artística e seu ofício exercem um autêntico ministério.”
- Eleva as almas mais facilmente, pelo esplendor das coisas
santas até as realidades supra terrenas, sobrenaturais. Sua solenidade não se dá
tanto pela polifonia, por um coral, mas pela participação de todos. A
celebração em comum, e cantada, é a festa.” (Nossas festas em família que o digam!)
- Prefigura a Jerusalém celeste - Enfim, toda a celebração mais claramente
prefigura aquela efetuada na celestial Jerusalém. (Quem não experimentou um
pouco do céu na morte do nosso querido João Paulo II?... Como que pequena
fresta da janela da casa do Pai se abriu... e foi um antegozo da liturgia
celeste). O livro do Apocalipse: canto novo dos resgatados diante do Cordeiro,
quando Ele se manifestar em sua glória. Nossa liturgia terrestre deve
prefigurar a do céu...
- Ajuda a sair de nós mesmos, do nosso individualismo e comodismo, para
viver o comunitário, indo ao encontro do outro. Deixamos o eu para
assumir o nós!
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