terça-feira, 2 de julho de 2013

Função e papel do cantor litúrgico: Por que cantar?

            “A tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte necessária ou integrante da Liturgia solene”. (SC 112)

- Expressa melhor e mais profundamente a oração - Pelo canto, a oração se expressa com mais suavidade. Mais que as outras artes, a música expressa a essência, o próprio ser e o mistério celebrado.

- Mais claramente se manifestam o mistério da liturgia e da Igreja, Corpo Místico de Cristo, sua índole hierárquica e comunitária, uma vez que a liturgia é ação de toda a igreja.
- Favorece e expressa a unidade - Mais profundamente se atinge a unidade dos corações, pela unidade das vozes, vencendo o isolamento, criando sintonia e harmonia, acima de diferenças, idade, cultura e idiomas... Cantar em comum produz união, torna os membros coesos entre si. Portanto, o canto faz a comunidade.

- Enriquece e soleniza a celebração, gerando festa: “Nada mais festivo e mais grato nas celebrações sagradas do que uma assembleia que, em seu todo, expressa sua fé e sua piedade por meio do canto.” (MS 16). O canto soleniza um rito, tornando a celebração mais plena, mais intensa, mais clara, possibilita sua melhor realização, sendo gesto vocal que realiza o rito.

- Exerce uma “função ministerial”, não apenas como humilde serva da liturgia, mas uma nobilíssima serva, como “ministra da liturgia”. Isso “implica em duas condições: a) subordinar sua própria identidade a uma função, b) e por outro, sua ação se transforma em verdadeira atividade sagrada, celebrante e santificadora. Pela primeira, a música não atua na liturgia como único critério de sua autonomia estética, porém, longe de perdê-la, sua própria identidade artística e seu ofício exercem um autêntico ministério.”

- Eleva as almas mais facilmente, pelo esplendor das coisas santas até as realidades supra terrenas, sobrenaturais. Sua solenidade não se dá tanto pela polifonia, por um coral, mas pela participação de todos. A celebração em comum, e cantada, é a festa.” (Nossas festas em família que o digam!)

- Prefigura a Jerusalém celeste - Enfim, toda a celebração mais claramente prefigura aquela efetuada na celestial Jerusalém. (Quem não experimentou um pouco do céu na morte do nosso querido João Paulo II?... Como que pequena fresta da janela da casa do Pai se abriu... e foi um antegozo da liturgia celeste). O livro do Apocalipse: canto novo dos resgatados diante do Cordeiro, quando Ele se manifestar em sua glória. Nossa liturgia terrestre deve prefigurar a do céu...

- Ajuda a sair de nós mesmos, do nosso individualismo e comodismo, para viver o comunitário, indo ao encontro do outro. Deixamos o eu para assumir o nós!

- Serviços da Música Litúrgica: Ser instrumento de oração e celebração; Viabilizar a festa; Fazer entender o inaudito (música não cheia de si mesma, mas portadora de silêncio e adoração).

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