Porque
será, meu Deus, que tanto se deleitam nossos olhos quando pousam na Hóstia
Imaculada?
Nada
há, Jesus, ali que nos encante a vista. Um pequeno disco branco sem uma
cintilação sequer. Entretanto, como é doce a impressão desse ponto branco em
nossa retina. Quanto é suave, Senhor, descer as pálpebras depois de ter fitado
a Hóstia Santa. É o escrínio que se fecha para encerrar o seu tesouro.
A
imagem tão simples e pequenina que se estampou dentro de nós, tomou proporções
dilatadas na fantasia e o Infinito empolgou nossa mente. A linha curva que
limitava o círculo branco já não existe; a alvura do trigo dissipou-se aos
raios da glória. Imerge-se a alma nas maravilhas da divindade.
Eu
sei, Senhor Jesus, que um dos vossos servos,
ainda depois de morto abriu os olhos para fitá-lo na Hóstia Consagrada...
Saudade de vos ver!... Ah! Senhor, já tinha morrido, mas teve saudade de Vós.
Abriu as pálpebras para que se desenhasse lá dentro uma vez ainda a Divina
Partícula. Cerrou-as depois e levou para o sepulcro a doce imagem do seu Deus
Sacramentado.
Dom Antônio de Almeida Lustosa
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